À medida que este mercado de
arte se começou a valorizar e a ser aliciante, várias leiloeiras surgiram em
Portugal e se associaram a esta vertente de interesse pelo mercado da arte
contemporânea, principalmente a partir de 2000.
Os leilões constituem um marco
de referência essencialmente económico sobre o estado do mercado da arte. Dado
o seu caráter público, aberto e publicitado, servem de guia para aferir a
cotação do artista.
Essencialmente vocacionadas para a
comercialização de arte, antiga ou moderna, as casas leiloeiras têm vindo a
assegurar a sua entrada na arte contemporânea nestes últimos anos.
A leiloeira Palácio do Correio
Velho foi criada em 1990. Atualmente para além do Palácio do Correio Velho e da
Cabral e Moncada, de Lisboa, a World Legend (Leiria & Nascimento), a S.
Domingos e a Marques dos Santos, no Porto, são algumas das que operam neste
mercado.
Pedro Alvim refere que em
1996, quando a Cabral Moncada Leilões foi criada, era uma empresa muito
residual. Eu vim para cá em 99 e era uma empresa como no início, muito pequena.
De facto a arte moderna e contemporânea era completamente residual. O primeiro
leilão de arte moderna e contemporânea foi realizado em 2007 e a partir daí
fazem um leilão anual só para o mercado de arte moderna e contemporânea. As leiloeiras que
tradicionalmente existiam no mercado português até 2000-2002 dedicavam-se todas
elas ao mercado de antiguidades.
Fernando Santos considera
que atualmente as leiloeiras e as galerias colidem mais, há muita oferta, há
quem venda apreços baixos por necessidade, mas há quem utilize as leiloeiras
para “jogos de estratégia”. Construíram-se alguns artistas assim, mas isso
acontece mais no mercado internacional.
Hargreaves, Manuela – Colecionismo e Mercado de Arte em Portugal,
O Território e o Mapa. Porto: Edições Afrontamento, 2013.
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