Manuel Pereira da Silva
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sexta-feira, novembro 15, 2024
P55.Art – A Plataforma de Arte - ID 16352156
quinta-feira, junho 20, 2024
Séc. XX O Cubismo
Pablo Picasso (1881 – 1973) é amplamente reconhecido como um dos fundadores do Cubismo, juntamente com Georges Braque (1882 – 1963). Este movimento artístico tinha o objetivo de desconstruir a imagem por meio de figuras geométricas, inspirando-se em fontes diversas, como as máscaras africanas e as obras do artista francês Paul Cézanne. O Cubismo, que surgiu em 1907, representou uma nova forma de visualizar a realidade, afastando-se do ilusionismo tradicional e aproximando-se de uma visão mais geométrica e fragmentada do mundo.
A primeira fase do Cubismo, conhecida como Cubismo Analítico, desenvolveu-se entre 1908 e 1912, caracterizando-se pela fragmentação do objeto em múltiplas facetas e a quase total ausência de cor, priorizando tons de cinza, marrom e verde. Esta fase é marcada por uma análise rigorosa das formas e volumes, onde os artistas desconstruíam os objetos e os representavam em diferentes perspetivas simultaneamente.
segunda-feira, maio 27, 2024
Séc. XX Abstração norte americana
Alguns dos protagonistas da abstração norte americana do pós-guerra não compartem o caracter gestual do expressionismo abstrato e optam pelo desenvolvimento de linguagens geométricas, em especial os artistas alemães emigrados nos Estados Unidos da América na década de 1930. Entre eles destacam-se Josef Albers (1888 – 1976), antigo professor da Bauhaus que permaneceu sempre fiel ao espírito construtivo desta prestigiosa escola que reconciliou a claridade geométrica com formas abstratas mais expressivas.
Em 1938 começou sua série intitulada Mulheres, que causou
sensação no circuito artístico, com um tema que se tornaria recorrente em sua
produção.[5] Na década de 1940 juntou-se a um grupo de artistas, incluindo
Jackson Pollock, Franz Kline, Robert Motherwell, Adolph Gottlieb, Ad Reinhardt,
Barnett Newman e Mark Rothko, que formariam a chamada Escola de Nova Iorque.
Eles lutavam para encontrar um caminho pessoal que superasse as grandes
correntes da época, como o cubismo, o surrealismo e o regionalismo. Seus gestos
emotivos e peças abstratas foram o resultado de sua tentativa de se distanciar
dos outros movimentos. O estilo que eles inauguraram se tornou conhecido como
expressionismo abstrato ou action painting.
Manuel Pereira da Silva compartilha com Willem de Kooning um interesse profundo pela figura feminina e pela integração de temas figurativos com preocupações abstratas. Em suas obras, Manuel Pereira da Silva frequentemente explora temas como mulheres sentadas, mulheres reclinadas, maternidade, família e casais. Embora as figuras em suas obras muitas vezes sejam quase completamente dissolvidas na abstração, há uma presença constante de referências figurativas percetíveis, indicando uma ligação inquebrável com a representação do humano.
De
Kooning, por sua vez, iniciou sua famosa sequência de pinturas de mulheres com
"Woman I," que é considerada uma das revisões mais agressivas da
figura feminina na história da arte. Esta série começou como um estudo para um
retrato encomendado que nunca foi concluído, servindo como um veículo para
explorar a fusão de temas figurativos com a abstração. Suas distorções
anatômicas intencionais refletem a influência de Pablo Picasso, enquanto as
figuras femininas também evocam as mulheres sensuais de Jean-Auguste-Dominique
Ingres, com seus corpetes justos e traços delicados.
Manuel
Pereira da Silva, apesar de seu foco principal em escultura, também manteve uma
produção significativa de pinturas e desenhos em que o corpo feminino é um tema
recorrente. Assim como de Kooning, suas representações femininas não são
retratos realistas, mas sim interpretações que combinam a figuração com
elementos abstratos. Esta abordagem permite uma expressão mais livre das
emoções e das poéticas visuais do artista, afastando-se da mera representação
literal e entrando no domínio da sugestão e da evocação.
Portanto, enquanto De Kooning é conhecido por suas abordagens mais agressivas e expressivas da figura feminina, Manuel Pereira da Silva explora esses temas de maneira que as figuras, mesmo quase dissolvidas na abstração, mantêm uma referência percetível, revelando sua profunda conexão com a figuração e os temas humanos.
sábado, maio 18, 2024
P55.Art – A Plataforma de Arte - ID 14730381
terça-feira, maio 07, 2024
Séc. XX Figuração europeia do pós-guerra
Durante os anos centrais do século XX, a arte europeia passou
por uma transformação significativa. Embora os seguidores dos informalismos
europeus enfatizassem a textura e a irregularidade, emergiram novas linguagens
figurativas que configuraram uma imagem do homem contemporâneo por meio de
novos padrões de liberdade expressiva.
Lucian Freud e Henry Moore
Para os britânicos, o ser humano tornou-se um tema central.
Lucian Freud, por exemplo, destacou-se por suas representações intensamente
realistas e detalhadas do corpo humano. Suas pinturas capturavam a
vulnerabilidade e a fisicalidade da figura humana, revelando tanto a beleza
quanto as imperfeições do corpo. Henry Moore, por outro lado, explorou a forma
humana através de suas esculturas monumentais e abstratas, que frequentemente
remetiam a formas orgânicas e primordiais. As obras de Moore combinavam o figurativo
com uma linguagem plástica que aproximava a abstração da matéria, resultando em
uma síntese inovadora e expressiva.
Manuel Pereira da Silva
Em Portugal, Manuel Pereira da Silva seguiu essa tendência.
Sua obra combinava o figurativo com uma linguagem plástica próxima à abstração
da matéria, criando uma ponte entre a representação humana e a exploração
abstrata dos materiais. Suas esculturas capturavam a essência da forma humana
enquanto exploravam novas possibilidades de expressão plástica.
Francis Bacon e Alberto Giacometti
Outros artistas deste período foram marcados por um
sentimento de pessimismo e ansiedade, provocado pelas crises das duas guerras
mundiais. Esses artistas impuseram um novo sentido de alienação do corpo,
representando-o de maneiras distorcidas e machucadas. Francis Bacon, por
exemplo, é conhecido por suas representações de figuras inumanas e
perturbadoras, que parecem aprisionadas em um estado de sofrimento perpétuo.
Suas obras refletem uma visão sombria e desesperançada da condição humana.
Alberto Giacometti, por sua vez, retratou o corpo humano de
maneira desintegrada, com suas figuras evanescentes e longilíneas que parecem à
beira da dissolução. Suas esculturas esguias e frágeis capturam um sentimento
profundo de alienação e desesperança, simbolizando a fragilidade da existência
humana diante das crises do século XX.
A arte figurativa europeia do pós-guerra é marcada por uma
busca por novas formas de expressão que capturam a condição humana em sua
plenitude. Artistas como Lucian Freud, Henry Moore, Manuel Pereira da Silva,
Francis Bacon e Alberto Giacometti exemplificam as diversas abordagens e
sensibilidades deste período. Enquanto alguns buscaram uma síntese entre o
figurativo e a abstração, outros exploraram a alienação e o sofrimento humano,
refletindo as complexidades e as incertezas da era pós-guerra.