Mostrar mensagens com a etiqueta Gravura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Gravura. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, abril 23, 2020

Gravuras em exposição da obra do Escultor Manuel Pereira da Silva





Gravuras em exposição da obra do Escultor Manuel Pereira da Silva na Junta de Freguesia de Avintes, inaugurada no mês de Avintes.

segunda-feira, setembro 16, 2019

Artbid - Leilão 1337 / Lote 25


Artbid - Leilão 1337 / Lote 25
MANUEL PEREIRA DA SILVA (1920-2003) (2)
Sem título
2 Litografias sobre papel
Uma com assinatura e data 1967 impressas
21,5 x 16 cm. (maior)


sábado, abril 20, 2019

Gravuras: Xilogravura e Calcogravura


A gravura é uma técnica artística, na qual é possível imprimir várias cópias de uma imagem a partir de uma matriz.
Para se fazer uma gravura é necessário um suporte (matriz) na qual será feito o desenho. Esse suporte é entintado e a imagem é impressa no papel. A gravura é um múltiplo, isso quer dizer que pode-se tirar várias cópias de um mesmo desenho.
As gravuras têm valor artístico por serem totalmente originais e realizadas artesanalmente.
Tipos de matriz:

A Xilogravura é a técnica mais antiga para produzir gravuras e seus princípios são muito simples. O artista retira de uma superfície plana de madeira (a matriz), com o auxílio de ferramentas de corte e entalhe (goivas) as partes que ele não quer que tenham cor na gravura. Após aplicar tinta na superfície, coloca um papel sobre a mesma. Ao aplicar pressão (com uma prensa) sobre essa folha a imagem é transferida para o papel. É um processo muito parecido com um carimbo.

Matriz em madeira


Xilogravura de Manuel Pereira da Silva


Xilogravura de Manuel Pereira da Silva

Linoleogravura é uma técnica que se assemelha ao entalhe da Xilogravura, no entanto, ao invés de madeira, a matriz é de material sintético – placas de borracha, chamadas “linóleo”. Esta técnica é mais recente do que a Xilogravura devido ao material de sua matriz, e foi muito utilizada pelos artistas modernos, como Picasso por exemplo.

A Calcogravura ou calcografia é o processo de gravura feito numa matriz de metal. A gravura em metal começou a ser utilizada na Europa no século XV. As matrizes podem ser feitas a partir de placas de cobre, zinco, alumínio ou latão. Estas são gravadas com incisão direta ou pelo uso de banhos de ácido. Água-forte, água-tinta, ponta seca são as técnicas mais usuais. A matriz recebe a tinta e uma prensa é utilizada para transferir a imagem para o papel.


Matriz em metal


Calcogravura de Manuel Pereira da Silva


Matriz em metal


Calcogravura de Manuel Pereira da Silva


A técnica do buril tem seu nome em função da ferramenta usada na gravação, o buril. As estampas das gravuras desta técnica apresentam linhas densas, porém sem marcas das rebarbas. O manejo do buril permite ao artista controle e regularidade do traço e, por conseguinte, do corte.
A ponta seca recebe seu nome em função da ferramenta utilizada, a ponta seca de gravar. É o método que mais se aproxima do gesto do desenho, dada a liberdade que o artista tem para conduzir a ferramenta. O ato de riscar a chapa com pontas metálicas resulta em estampas com linhas bastantes aveludas por causa das rebarbas que são levantadas durante a gravação.

A maneira negra, também chamada meia tinta ou mezzotint, tem sua origem na necessidade de gravadores representarem variações tonais de pinturas nas chapas. Sua invenção é atribuída à Ludwig Von Siegen (1609 – 1680), por volta de 1642. Seu método consiste em criar tons negros com o instrumento ‘berceau’, (do francês: berço), e criar gradações tonais do negro ao branco com as ferramentas raspador e brunidor. David Lucas (1802 – 1881), gravador inglês, realizou belas reproduções de obras do pintor John Constable (1776 – 1837), com esta técnica.

A gravura em metal, pensada para a reprodução de estampas, tem sua origem com os ourives europeus do século XV que desenvolveram a técnica do buril a traço. Logo nos seus primórdios grandes artistas destacaram-se no estudo da gravura em metal, caso de Albrecht Durer (1471 – 1528), filho de ourives, que possuía extraordinário domínio do buril, Martin Schongauer (1448 – 1491), Lucas Van Leyden (1494 – 1533), Antonio Pollaiuolo (1433 – 1498), Andrea Mantegna (1471 – 1506), entre outros.

Dentre as técnicas de gravação indireta destaco a água-forte, (do latim aqua-fortis), assim chamado por causa do ácido nítrico usado nesta técnica. O procedimento consiste em proteger a chapa, geralmente cobre, latão ou zinco, com uma camada de verniz feito com o aquecimento de cera, betume da Judeia e solvente, que aplicada sobre a chapa cria uma camada protetora. Para a retirada do verniz das áreas que se pretende gravar com ácido, é utilizado uma ponta de metal de extremidade, romba ou arredonda, para evitar que a matriz seja riscada. Em seguida a chapa é levada para o banho do ácido onde acontece a gravação da matriz.

Rembrandt H. Van Rijn (1606 – 1669), é considerado um dos maiores água-fortistas de todos os tempos, mas há outros artistas de grande relevância que devem ser citados; caso de Giovanni Battista Piranesi (1720 – 1778), Giovanni Battista Tiepolo (1696 – 1770), Giovanni Antonio Canal, vulgo Il Canaletto (1697 – 1768), Giorgio Morandi (1890 – 1964), Pablo Picasso (1881 – 1973), entre outros.

A técnica da Litografia parte do princípio químico que água e gordura se repelem. As imagens são desenhadas com material gorduroso sobre pedra calcária e com a aplicação de ácido sobre a mesma, a imagem é gravada. Assim como a gravura em metal, essa técnica também necessita de uma prensa para transferir para o papel a imagem gravada na pedra.

A Serigrafia começa a ser aplicada mais frequentemente por artistas na segunda metade do século XX. Como as técnicas descritas acima, também a Serigrafia apresenta diversas técnicas de gravação de imagem. Uma delas é a gravação por processo fotográfico. Imagens são gravadas na tela de poliéster e com a utilização manual de um rodo com a tinta a imagem é transferida para o papel.